Por definição, esse palavrão – medicalização – é o processo pelo qual a nossa vida hoje é apropriada pela Medicina, interferindo nas regras de higiene, nas normas de moral e costumes, e no nosso comportamento social. Sem tirar o mérito do que a Medicina e a tecnologia nos trouxeram, vamos conversar um pouco sobre os efeitos psicológicos disso.
A sociedade fala tanto que devemos estar felizes, que quando estamos tristes nos culpamos. Podemos lidar com as nossas emoções, ou, tomar uma medicação para isso. Passamos por situações marcantes e extremamente difíceis durante a vida. Podemos resolver essas situações, ou, tomar um remédio para isso. Isso é a medicalização da vida.
Muitas vezes, as pessoas criam uma dependência emocional da medicação, acreditando que sem essa, não conseguirão lidar com a sua rotina de vida. Ao invés de fazer o processo de autoconhecimento e mudança.
Enfim, tornar o insuportável um pouco mais suportável com a medicação é possível e necessário durante o tratamento, principalmente, de doenças da psique. Mas que isso fique claro: o remédio é parte do tratamento, não a solução. Tratar a psique é essencial também.
Terapia é um bom remédio
Há uma infinidade de doenças relacionadas a questões emocionais. Que surgem apenas em momentos em que há uma desestabilização das emoções, ou, que são agravadas por isso. ⠀
Não vou tirar os créditos dos remédios e dos diversos tratamentos que temos para o corpo, mas buscar tratamento psicológico nesses casos é tão importante quanto o tratamento médico.
Fibromialgia, artrite, artrose, alergias, dermatite atópica e tantas outras doenças têm tido sucesso no controle com o tratamento psicológico. Por isso, costumamos ouvir que um corpo saudável é uma mente saudável e vice-versa.
Seja você quem domina a sua mente, e não a medicação que te domina.